terça-feira, 24 de abril de 2012

Há dias que ando resumida,
que as vírgulas perderam a pausa certa 
e o teu ponto não me finaliza. 
Há dias que eu me reticencio nesse teu silêncio 
que me deixa tão desnuda. 
Minha alegria fica um pouco menos feliz 
e nesses dias, qualquer coisa sua me basta 
(um vulto ou um olhar que salve). 
E acho tão bonito esse meu jeito de querer tanto, 
quieta e pequena. 
Nessas vidas e vindas (eu sei), 
nada importa se ainda tenho um amor reinventado, 
se ainda posso fazer a tua esquina cruzar com a minha. 
Não importa. 
Mas é que hoje, 
me peguei querendo um pouco mais, 
com aqueles olhos de última vez 
e com um aperto no peito. 
E eu não quero desatar o nó agora,
só porque ainda tem tanto riso solto no mundo 
e tanto choro preso dentro de mim 
querendo ficar junto.

Priscila Rôde.

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